Com a leitura da obra de Lygia Bojunga conhecemos o estilo desta autora. Vejamos algumas características:
a) marcas da oralidade: percorrem a obra do início ao fim. Um breve levantamento e interpretação dessas marcas ficou registado na tabela que se segue:
a) marcas da oralidade: percorrem a obra do início ao fim. Um breve levantamento e interpretação dessas marcas ficou registado na tabela que se segue:
exemplos
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interpretação
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Marcas
de oralidade
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Pra
Ué
Tô
Mamãe
Oi
Tá
Humm
Tava
Pro
Que que há
Que nem
Tavam
só-só (p. 17)
Dar sumiço
Fogo
Ando querendo
me enrola
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ajudam a caracterizar a própria Raquel, narradora-personagem que ainda é uma
criança, uma pré-adolescente;
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aproximam o livro do leitor, este passa a ter a sensação de que estão a falar
diretamente com ele, é como se o leitor se tornasse o confidente da
narradora;
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a transmissão da história é mais eficaz
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b) pergunta retórica: “Mas quem diz que ele
conseguia?” (p. 65) – trata-se de uma pergunta cuja resposta é óbvia e por isso
não se dá a resposta; é uma forma de dar vida ao discurso, àquilo que se diz.
c) tom dialogante: este percorre a obra e está visível nas marcas de oralidade, no uso de perguntas retóricas e numa conversa que a narradora parece ter constantemente com o leitor, como se o leitor fosse seu confidente – p. 43: “Como ninguém conhece o Alfinete de Fralda, muito bem eu acho melhor contar a história dele antes de continuar contando a minha:”
d) uso do diminutivo: o uso do diminutivo -inho por parte dos adultos irrita muito a Raquel (pp. 69-70) e permite vincar e destacar a oposição entre a protagonista e o mundo que a rodeia. Nalguns casos o diminutivo pode ser sinónimo de ternura, aqui não é o caso, estamos na situação oposta. O diminutivo enerva, irrita e afasta a protagonista dos outros.
e) reforço da fantasia: p.68, 1§
c) tom dialogante: este percorre a obra e está visível nas marcas de oralidade, no uso de perguntas retóricas e numa conversa que a narradora parece ter constantemente com o leitor, como se o leitor fosse seu confidente – p. 43: “Como ninguém conhece o Alfinete de Fralda, muito bem eu acho melhor contar a história dele antes de continuar contando a minha:”
d) uso do diminutivo: o uso do diminutivo -inho por parte dos adultos irrita muito a Raquel (pp. 69-70) e permite vincar e destacar a oposição entre a protagonista e o mundo que a rodeia. Nalguns casos o diminutivo pode ser sinónimo de ternura, aqui não é o caso, estamos na situação oposta. O diminutivo enerva, irrita e afasta a protagonista dos outros.
e) reforço da fantasia: p.68, 1§
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